segunda-feira, 31 de março de 2014

Três a conta que Deus fez...

“Spinning”

Boas amigos!
Nestes dias aproveitei uma quebra de mar para fazer mais uma maratona. O Gavião Manel e o Mata chibos Cristóvão eram para se juntar a mim mas à última da hora resolveram ir para outras paragens. Cheguei à zona e dirigi-me ao spot pretendido, qual foi o meu espanto quando chego ao pesqueiro e já lá estavam dois gajos a pescar de surfcasting “épa não acredito estes gajos do surfcasting estão por todo lado parece uma praga hehehehe” Bom mudei de planos e fui para outro spot onde tinha passado antes e até me pareceu bastante bom, mas já ia um pouco atrasado para a hora que eu queria atacar, montei material e comecei a “pentear” a zona e não demorou muito até ferrar o primeiro, um peixe de Kg bem prateadinho, vou arrumar o bichinho e quando volto passado pouco tempo sai o segundo, este já tinha 2 kilinhos e era brincalhão, mais um para o ceirão e mais uns lançamentos e toma “olá este já fala a minha língua” um belo peixe de 3 kilinhos, arrumo o gajo com os outros e volto aos lançamentos muito contente quando me lembrei “epá já tenho três!!!! Normalmente nunca passa dos três, o melhor é arrumar a tralha e ir embora” e de repente toma mais um bom peixe a vergar a cana “uai queres ver que é hoje que subo o degrau” era um bom peixe que se debatia bem e aos poucos veio até aos meus pés, mas o velhaco treinava salto em altura e quando lhe vou jogar a mão o peixe salta e fico com a amostra espetada do wader e o peixe a estrebuchar sem parar, começou o stress com um peixe na casa dos 3kg pendurado na minha perna e eu sozinho no fim do mundo sem ninguém para me ajudar, com um palmo de agua e uma mão a segurar a cana a outra pouco podia fazer e passados alguns segundos o peixe abre a argola da amostra e cai na agua, restou-me apenas olhar para aquele belo peixe arrancar direito ao Oceano e com um piercing na boca.

Na altura a minha liberdade de movimentos era pouca pois tinha uma amostra espetada no wader do lado de dentro da perna e tinha receio de a espetar na outra perna, fui para uma zona seca onde perdi cerca de vinte minutos a tirar a fateixa do wader com cuidado para não o danificar ainda mais e tive a substituir fateixas e argolas, nesta altura já suava por todos os lados “porra logo hoje que dou com uns peixes tinha de me acontecer esta mer……a”

Volto à carga novamente e o mais provável aconteceu claro, faço três lançamentos e a perna fica cheia de água “tava a irritação má junta cá areia” completamente encharcado vou até ao carro que estava mais longe “cá sogra do Zé Bento” como Lobo prevenido vale por uma alcateia inteira vesti umas calças de fato treino secas e um wader suplente que levo sempre comigo nas maratonas. Quando regresso à zona de ataque o mais provável acontecia outra vez, com aqueles stresses todos passou muito tempo e depois de ter executado uma vintena de lançamentos verifiquei que o peixe já lá não estava, afinal ainda não foi neste dia que dei com um bom cardume… Aquele desgraçado fura-me o wader e ainda por cima foi-se embora, apesar de ter feito uma boa pesca fiquei chateado com aquela situação.


(amigo Cristóvão este foi o dia em que tu dizes que eu fui pá piscina e tu apanhaste o paralítico, se eu não tivesse tido este azar logo te dizia como é que era a piscina  :))))


Três a conta que Deus fez...


No dia seguinte aproveitei para fazer a maré e apanhar uns percebes para trazer para casa e ainda fui visitar alguns spots e tirei umas fotos à primavera que está bastante bonita por aqui…







Nesta altura do ano e durante o dia dá sempre para lavar a vista com as cores da Primavera a invadir os campos e falésias







À noite volto para fazer outra investida mas quando chego ao spot já lá estavam dois gajos de canas espetadas a fazer surfcasting “Outra vez a mesma conversa!!!!  Já o burro nã vai direito”  Estes gajos do Surfcasting andam sempre a dificultar-me a vida. Bom lá fui para o outro spot tentar a minha sorte, mas desta vez e apesar de estar lá bastante tempo apenas saiu este kileiro.
Saúde da boa e boas varadas.

domingo, 23 de março de 2014

O mar abrandou e o Lobo não facilitou...

“Spinning & Surfcasting”
Boas pessoal, havia uns dias que andava em cima das previsões e comecei a estudar um plano de ataque. Orientei mantimentos e o material e fiz-me à estrada para fazer uma maratona de três dias, os companheiros do costume desta vez não me acompanharam por vários motivos…
Na primeira investida que foi ao spinning ainda vacilei em escolher entre dois ou três spots, mas parece que acertei e tirei estes dois peixes bem bons.




Aproveitei para ver como estavam alguns pesqueiros depois de tanto mar, e sítios que eu conheço tão bem estavam quase irreconhecíveis, como esta praia em que tanta areia havia por aqui, senti-me como se tivesse a procurar novos locais de pesca…



Algumas voltinhas da praxe e comecei a pensar no próximo ataque logo à noite, tinha planeado um surfcasting com o Gavião Sílvio mas ele não pode comparecer, então mudei de planos e fui fazer mais um spinning onde dei com este robalote kileiro.



Uma sopa quentinha por vezes vem mesmo a calhar nestas maratonas.



Durante este inverno tive muito tempo para inventar coisas novas e uma delas foi fazer obras na carroça, tirei o banco do pendura e o assento de trás, endireitei o pavimento com algumas toalhas de praia e meti um colchão tripartido. Com o cabelo aparadinho e as unhas dos pés curtinhas é mesmo à conta. Com aquecimento e música ambiente para quê mais, essas velhas que alugam quartos a vinte paus por noite nunca mais me enganam não…




No dia seguinte era para acordar bem cedo então procurei um sítio calmo para descansar e às 5:30 da manhã estava no café a beber um café com uma fatia dourada ainda quentinha. Rumei ao pesqueiro e fui espreitar o mar ainda de noite, sem conseguir ver praticamente nada só ouvia o barulho do mar e pareceu-me um pouco forte. Como tinha ido ali de propósito e tão cedo pensei “que se lixe, já que estou aqui bora lá”


Vesti o fato dentro da carrinha e comecei a descer a falésia ainda de noite com a ajuda da lanterna, passo a passo e com muito cuidado pouco depois estava lá em baixo. Realmente o mar estava um pouco forte, escolhi uma amostra que agarrasse mais mar e comecei a bater a zona, não demorou muito até que de repente a cana vergou toda e começou o desafio, ali não se pode dar muita liberdade ao peixe ou então arriscamo-nos a perde-lo nas pedras, é meter o velhaco ao de cimo de água e reboca-lo aproveitando a ajuda das ondas.


Para aqueles meninos que gostam de pescar em frente ao carro!
Esqueçam, estes pesqueiros são para malta rija...


Aproveitei o dia para secar o material e descansar enquanto pensava na próxima investida, estava eu no cimo de uma falésia quando me aparecem dois artistas hahahaha os “marafados” também andavam no terreno à procura deles. Era o Paulo “PJ” e o Nuno Caçorino, ainda tivemos um bom bocado à conversa até que eles foram à vida deles e eu à minha…


Desta vez escolhi um pesqueiro para fazer uma pesca ao “reboliço” da praia com a cana na mão, embora não tenha aparecido nenhum grande ainda saiu um robaleco kileiro e dois sarguecos.
Já tinha saudades de uma maratona destas mas era hora de rumar a casa que o mar e o vento iam subir novamente.
Abraço a todos e bons lances.

terça-feira, 11 de março de 2014

O Levante entrou e o Lobo atacou...

“Surfcasting”

Com o levante que se tem feito sentir aqui no Sul, comecei a pensar numa investida aqui perto de casa. Uma constipação daquelas que quer jogar um gajo a baixo a todo o custo incomodava-me de tal maneira que cancelei a investida… Ainda desafiei o Gavião Manel mas não lhe dava jeito acompanhar-me. Foi então que me lembrei, já no último levante que teve andei para aqui meio combalido, estas coisas dão que pensar “porra este ano custa a pegar de levante e quando pega estou sempre com o esqueleto empanado, nada disso agora é que vou mesmo” foi só fazer umas sandécas e lá vai ele, pois o resto já estava tudo arrumado do dia anterior…


Cheguei ao spot o mar estava bom mas com a água tapada coisa que não gosto muito, menos ainda para pescar à noite, procurei uma zona que me agradasse e montei as canas. Desta vez não havia “roama” e o isco voltava sempre intacto, estava no bom caminho para se apanhar um peixe bom e não tardou muito a aparecer. A cana bate com força e o peixe começa a correr para a direita até chegar à rebentação que estava um pouco forte, aí tive de trabalhar o velhaco com cuidado e esperar pela oportunidade de o rebocar para cima, pois estava a pescar com um 0,20 no carreto e o nó do chicote andava ali nos passadores para cima e para baixo e não havia meio de conseguir fazê-lo entrar no carreto . “Bom já valeu a pena o esforço pensei eu” entusiasmado e sempre atento às canas nem mais um toque que vi até chegar a hora de me vir embora e este Sr. Sargo já com 1,250 Kg quase me arrancava a cana do suporte. Pena não ter aparecido mais uns pexecos para ir animando a sessão, mas também não me posso queixar, agora se eu soubesse a seguir ao Robalo tinha era vindo logo para casa :)
Abraço e boas varadas.


O matateu com 1250 Kg

domingo, 2 de março de 2014

A noite da chouriça

“Spinning”
Boas amigos!
Um dia destes combinei com a malta do costume fazer uma spinnada aqui perto de casa, como eram poucos Kms cada um foi no seu carro e aos poucos lá foram chegando. Comecei eu o Gavião Manel e o Jorge (irmão do Gavião Sílvio) mais tarde chega o Sílvio e depois o Cristóvão (mata raposas)

O mar apresentava-se favorável para corricar e comecei por pescar com amostras mas logo depois resolvi trocar para vinis, e foi com um destes vinis que passado pouco tempo tive um ataque e ferrei o peixe pelo queixo, apesar de não ser um grande exemplar serviu para brincar um pouco. O tempo passou e fizemos uma pausa para conversar e assar uma chouriça à Lobo que eu levei e juntamos ao pão caseiro do Manel que estava um luxo…


Depois de confortar a barriga com a chouriça assada e uns dedos de conversa alguns tiraram vinte minutos para dormir e lá fomos fazer mais uma investida para acabar a noite, mas não apareceu mais qualquer peixe para ninguém… Foi então que resolvemos arrumar e ir para casa.

O mar forte teima em não abandonar a Costa Norte e torna-se difícil capturar qualquer exemplar, por um lado estas condições adversas vão ter aspectos positivos no futuro e o nosso amigo Robalo está a beneficiar com elas para que a espécie se multiplique e nos próximos anos todos nós tenhamos boas capturas.



Os garganeiros estavam à espera da chouriça do Lobo



Eu fui o único felizardo a tirar um pexeco, embora não seja um grande exemplar já deu para brincar...
Saúde da boa e bons lances.